terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ciclo

Tento entender o mundo...
E ver o que me faz sofrer
é inevitável e insuportável
a iniquidade é clara
e como um clarão
ofuscam meus olhos
que já, apresentam sinais de cansaço
muito desgastados mesmo

Quero paz no meu coração
quero uma indubitável sensação de ser
quando digo ser, falo da alegria
talvez, essa tão desejada felicidade
que todos desejam
e, mesmo que esteja cansado
a busca é incessante e sem fim

Me vejo descrente de tudo
olho nos olhos dos outros
choros sem lágrimas
sem o mínimo de emoção
sem condições de ser, de ter ou de poder

Mas, Nietzsche condena o que almejo
coloca em outro plano, a esperança
destrói minhas quimeras
coloca por terra, tudo que queremos

Hobbes, diz que o homem é o lobo do homem...
Mas, como não ser, como lutar?
Se tudo milita contra tudo que desejamos e esperamos
neste nefasto mundo de meu DEUS

O dia amanhece e anoitece
parece que é inevitável
a sensação de que tudo gira
que tudo é um ciclo
que sempre retorna a um só ponto
o ponto que sempre devemos começar
o fim, só chega com a morte
e, mesmo assim, nascemos de novo
nascemos para à vida eterna


Albino Oliveira Filho




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