sábado, 30 de dezembro de 2017

O MONOPARTIDARISMO DISCRETO

O MONOPARTIDARISMO DISCRETO

O pensamento socialista tornou-se hegemônico. Até os seus críticos se impregnaram com as suas teses. Defende a igualdade sem distinção de mérito, o bem-estar sem necessidade de esforço e a justiça, cujo entendimento polêmico nem sempre é captado pelos seus admiradores. Os nossos Fracassos e culpas imputamos à sociedade. Rousseau (1712 – 1778) expressou esta absolvição universal dizendo que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Não disse, porém, quem corrompeu a sociedade. Podemos ser virtuosos sem fazer o bem, considerado assistencialismo desprezível. A luta é por “um mundo melhor”, que se faz apontando e castigando culpados, sem o ônus de socorrer necessitados, mas pela mudança das estruturas sociais.

Somos virtuosos e sábios. “Sabemos o que está por trás das aparências”; temos a ambição de poder “só para fazer justiça”; os nossos fracassos e crimes são culpa da sociedade. Temos a quem odiar e jogar todas as responsabilidades: o “sistema”. Podemos ser incoerentes: a dialética nos socorre com a unidade dos contrários. Somos pela cultura da paz e financiamos o crime violento comprando e usando drogas ilícitas. Somos internacionalistas ou nacionalistas conforme a conveniência da luta pelo poder. Desqualificamos os nossos críticos como “serviçais dos opressores”. Escapamos da crítica porque somos do “lado do bem”. Os nossos críticos são “do mal”. Fazemos pose de intelectual porque temos a companhia de quase todos eles nas posições que assumimos ou até somos um deles.

Prometemos emancipação. Obediências só às normas em cuja elaboração participamos. Desfrutamos da solidariedade de irmãos de fé, digo, de camaradas ou companheiros. Transcendemos a nossa finitude sendo parte de um todo orgânico que pode ser a classe social, um partido ou um movimento político. Não precisamos de família, igreja ou pátria. Estas até atrapalham, principalmente as duas primeiras, com as quais convivemos de perto, exigindo de nós o exercício da tolerância. Seguimos a deusa Bem-Aventurança pela estrada macia que leva ao bem-estar assegurado pelo Papai Noel, digo, pelo Estado. Bem-estar não precisa ser conquistado. Não pensamos em esforço nem no campo intelectual. Seguimos comodamente o pensamento hegemônico. Citamos autores que não lemos, repetimos chavões e odiamos as injustiças sociais. Simples assim. Não há sedução maior.

Intelectuais são românticos como os poeta são mentirosos. Quem vende livro, escreve roteiro de filme ou novela e quer aplauso precisa seduzir, explorar emoções, vender fantasia. Engenheiros nucleares e físicos geniais e estudiosos não são intelectuais. Poetas e teóricos da cultura é que são assim qualificados. Os modernos meios de comunicação difundiram as fantasias dos românticos havidos como sábios. Chegamos ao declínio do dever, à cultura do Direito sem obrigação (LIPOVETSKY, Giles. A sociedade pós-moralista. O crepúsculo do dever e a ética indolor dos novos tempos democráticos. Barueri: Manole, 2005).

Todos os partidos têm programas com forte influência socialista, configurando um monopartidarismo discreto. Todos os erários, por outro lado, estão endividados. A solução pretende-se que seja indolor. Até as igrejas têm sido influenciadas pelo projeto análogo à Torre de Babel (OAKESHOTT, Michael. Sobre a História. Rio de Janeiro: Topbooks2003), que consiste em chegar ao céu sem precisar morrer, esquecidas de que após a queda o homem foi expulso do Éden o Senhor colocou dois querubins armados de espada flamejante na porta do Paraíso para que o homem não volte a desfrutar dele sem precisar morrer. A França do pós-guerra muito contribuiu para tal hegemonia ideológica. Mas igrejas e influência francesa são temas para outras reflexões.

Fortaleza, 20 de dezembro de 2017

Rui Martinho Rodrigues

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Saudosos e atuais momentos

Da alegria que trago no peito
As lembranças de um tempo bom
São as que mais me fascinam
Muitas vezes escorre aquela lágrima
Aquela lá no canto do olho...
Só de sentir aquela gostosa nostalgia
Dos tempos de outrora que jamais vamos viver de novo

Viver sempre olhando para o futuro
É algo que deve nos nortear sempre
Mas, o que seria de todos nós ?
Se não carregassemos as lembranças
Que trazemos na bagagem da vida
Escrita nos anais de nossa existência

E é passando por todas as experiências
É vivendo por tudo que temos que viver
Que desenvolvemos saudosos sentimentos
Que nos postam de sobremaneira
Em tribunais de nossas cartazes
Nos impuntando mais e mais sonhos
Quimeras quase prementes para continuarmos vivendo

É bastante peculiar em nossos objetivos
Ter essas alegrias, ter em nossos desejos, sonhos e fantasias
A suprema e sempre cobiçada felicidade
Para continuar nossos ciclos de vida
Ciclos que vão sempre nos alimentar
Nos motivar e influenciar na buscar do que sempre tivemos
Aquela saudosa alegria daqueles tempos de outrora !

Albino Oliveira Filho

domingo, 24 de dezembro de 2017

Basta !

Quando falo de entender a vida
Não quero que ninguém mude
Mas quero que se entenda como viver
As pessoas são diferentes demais
São bilhões em todo mundo
E são bilhões de personalidades diferentes

A arte de viver a vida ninguém domina
A arte de aprender a viver nos faz viver
A arte de ser feliz essa ninguém nem descobre
Pois, tal conceito, ninguém sabe de onde veio

Agora na política, homem como ser político, você faça suas leituras e suas interpretações!

Por que querer dominar e entender tudo?
Se viver é só o que nos é permitido !

Como poucos não entendem que possuo conhecimento científico, vou deixar uma frase que ninguém atesta com certeza absoluta que foi Sócrates que disse !

sábado, 23 de dezembro de 2017

Dia Feliz !

Tenho tanto a falar deste ano
Tive tantas e tantas alegrias
Viajei muito em prol da vida
Viajei em prol de um país
Viajei por tantos motivos
Que não vou conseguir dizer aqui

Dois mil e dezessete marcou
Um marco de uma nova vida
De uma nova era para todos
Cheia de esperanças e alegrias
Que também não vou conseguir dizer aqui

Tínhamos muitas páginas escritas
Muitas páginas ruins nos atormentavam
Páginas estás, que traçavam dias escuros
Que nos tiravam a esperança, a paz e a alegria de um futuro melhor

Tínhamos muitas páginas boas também
Nos mostravam que caminhos devíamos seguir
Mostravam um certo horizonte que nos postavam diante de um norte feliz
Dizendo em alto e bom tom, que um futuro bom, nós teríamos

E são nessas lindas páginas que sonho
Mesmo que muitas ainda estejam em branco
Não temerei mal algum que por ventura queira nos desnortear
Pois, só depende de nós escreve-las com amor, carinho e alegria

Esse é o sentimento que passarei este Natal
Que sempre nos lembra que o VERBO se fez carne
Que nos ressuscitou a esperança de um mundo melhor
Que nos permitiu o direito de escrever um verdadeiro e único caminho
O caminho, a verdade e a vida que JESUS nos mostrou
O Amor que jamais entenderiamos sem que ELE, JESUS, nos mostrasse

ENTÃOOOO...: TENHAM TODOS, UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO COM AS BÊNÇÃOS DE DEUS PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO !

Albino Oliveira Filho

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Meus desejos

Sou apenas um homem só!
Uma definição simples, só isso.
Que se acolhe no frio da noite
mas, que mesmo assim, espero. 
Vou esperar o dia raiar sempre.

Sou um homem vivo sim!
Que mesmo com tanta virilidade,
me aconchego numa rede limpa,
agarrado a frígidos lençóis.
Só para poder sobreviver durante a noite. 
E..., que mesmo assim, espero o dia raiar.

Sou um homem vil sim!
Que de tanta maldade,
sei do que sou ou não capaz.
Mas, mesmo assim, mal não desejo fazer.
Pois espero, dia após dia, o dia raiar.

Sou um homem que vive de cochilo em cochilo.
Por isso, me dispo por inteiro
em meio as infinitas catarses
que travo diuturnamente
na espera que o dia raie.

Sou um simples homem sim!
Que na busca de um viver melhor
vivo à tropeçar só por tentar viver. 
E mesmo, vivendo entre feras cruentas,
que querem que fera, eu me transforme.
Vivo sempre à espera que o dia raie.

Sou fraco e pecador sim!
Que não me canso de errar.
Mas, que tento com toda perseverança
viver a verdade que vivo a acreditar.
Para poder ver, o dia, que o dia possa raiar de verdade.

Enquanto espero esse dia raiar,
vou vivendo acolhido pela noite,
aconchegado pelos lençóis,
me defendendo da iniquidade do mundo
e tudo isso, sempre entre um cochilo e outro
na busca incessante de um dia melhor.

Perseverando a verdade que tanto acredito
queria que DEUS acalentasse meu pensar,
parasse de vez esse meu pranto,
desapertasse esse meu triste coração,
libertasse da sepultura, essas minhas quimeras
só para que eu prossiga minha sina,
com a paz que sonho e almejo,
com o coração feliz por inteiro
e, gritando bem alto, bem alto mesmo:
- Que além do horizonte, eu quero estar!

E nesse verso que aqui escrevo,
peço meus dois últimos desejos:
- Que se eu acordar, que DEUS esteja comigo
e que se eu não acordar, que eu esteja com ELE!

Albino Oliveira Filho

sábado, 16 de dezembro de 2017

Feridas

Como é engraçado e triste viver
O mundo cheio de panteras
Onde a alma e o instinto
Colocam o ego em mais auto plano
Superando assim, o que mais importa

Sofremos muito na vida
Criamos feridas profundas
Que em muitas vezes
Não conseguem cicatrizar
Parece que nunca vão sarar

Não adianta cogitar mais nada
Não adianta tentar entender a vida
Não adinta nem mesmo, sofrer
É que a sofreguidão sempre será um impulso
E deter tal avidez deve ser uma missão

Temos que seguir sempre
Mesmo que a dor seja insuportável
Dor que quer arrancar, pelo peito
O seu coração que não bate mais como antes
Pois perdeu a força, a alegria e o pulsar na esperança

Albino Oliveira Filho

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Difícil de entender

Almas ardentes devem sempre existir
Devem ter emoção e muito coração
Irradiando calor e esperança em tudo
Fazendo do menor sentimento, ao amor

Mundo sem cor e sem norte
Não existe rumo algum
Para que possamos viver
Sem dor e sem medo

Devemos mudar sempre que podemos
A vida mundana requer mudanças mil
A evolução deve ser iminente e real
Para que deixemos de ser protótipos

Não entendo tanta garra pelo mundo
Não entendo tanto rancor nos corações
Não entendo a falta de perdão
Não entendo o porque de tudo não ter entendimentos

Aprendemos muita coisa
Mas, não empreendemos
Não compreendemos nada
E o pouco que se entende
Se perde pelo mundo
Por não ter atitude ou alguma ação

Que tanta vontade de entender é essa?
O que é impossível de se enchergar
Muito menos de compreender...

Albino Oliveira Filho

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Só nos resta...!

Quando vivo vendo o que vejo
Sinto tantas coisas conspirando contra mim
Ao mesmo tempo que outras conjuram a meu favor
Detendo meus desejos mais insanos
Não permitindo, o desfrutar da sanidade plena

Penso que vejo quase tudo
Cogito tudo que vejo
Não entendo muito de tudo
E o pouco que entendo
Me deixa perdido nesse mundo
Que nos consome sem consolo

Augusto dos Anjos fala de dois monstros: A alma e o Instito
Aponta quimeras perdidas
Atesta a ingratidão, como sua companheira

Mas, como sempre
Ninguém posta nenhuma solução
Nos restando apenas, viver...

Albino Oliveira Filho

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Sempre vou querer !

Queria poder, algo alegre escrever
Queria contar peripécias hoje
Queria deixar a nostalgia me emocionar
Queria ver tudo aos meus caprichos

Queria tanto ver tanta coisa
Queria minha inocência de volta
Queria muita incoerência no meu pensar
Queria muito mais para me alegrar

Hoje, somente hoje
Queria um mar de prantos
Prantos de alegria pela vida
E deixar meu cogitar de lado

Hoje, somente hoje
Queria braços fortes e verdadeiros a me abraçar
Queria ver meu pulsar, pulsar tão forte
Como uma orquestra tocando à Nona

Queria mesmo, somente hoje
Ver à alegria de muitos barcos voltando
Para que meus eternos amores
Pudessem ver meu pranto de tanto sonhar

Mas, sabem..., o que eu queria mesmo...!!?
Era que DEUS aumentasse a minha fé
Para eu orar em forma de poesia
Recitando rezas com minhas lágrimas caindo

Que DEUS não esqueça meus dois maiores desejos !
Que se eu acordar, que ELE esteja comigo!
Que se eu não acordar, que eu esteja com ELE!

Albino Oliveira Filho

Vou indo !

Hoje ando devagar
Já corrir demais
Não sinto tanto
A dor secou meus sentimentos
A alegria existe sim
Mas, em poucos momentos
Momentos ímpares e raros
Muitos me rodeiam
Poucos me amam de verdade
Tantos outros, dizem me admirar
Menos ainda fariam algo por mim

Realidade tristes e vil
Verdade incontestável
Vida singular, mas orgulhosa
Orgulhosa de sentir o dever cumprido
Sei, que não sinto essa sensação em tudo
Mas, sinto que algo bom eu faço para muitos
Mesmo, sabendo que para os que amo
Nada represento ou sou exemplo

Vou viver sim, mesmo que muitos não queiram
Voi seguir lutando em grandes batalhas
Mesmo, que em muitas eu pereça
Vou em busca de meu lugar ao sol
Mesmo, que na sombra eu viva
Vou indo, indo longe
Mesmo que menos tempo eu tenha

Albino Oliveira Filho