Será?

Tudo que eu tenho passado

Tem me remetido a algum lugar

Não sei para onde estou indo

Nem tenho ideia como vou, ainda

Mas, nada me fará parar ir

Hoje, vejo o quão pequenos somos

Tento entregar o melhor de mim

Pois foi no entendimento sobre DEUS

Que me flagro tentando ser melhor 

Ou um pouco mais humano 

Meus sentimentos não importam

Minhas provações são apenas minhas 

Poucos se preocupam verdadeiramente 

E os poucos que ainda se importam 

Jamais sentirão minhas dores e alegrias 

Mesmo, eu sento eternamente grato por tudo 

Aprendi muito sobre gratidão 

E o melhor de tudo, é que não foi na dor

Aprendi porque sempre fui leal

Me dediquei muito em tudo que fiz

Vivi intensamente inúmeros contos

Que mesmo sem poder compor as melodias 

Dancei conforme o arcabouço ou arranjo musical 

Hoje, sem ter muitas esperanças nos humanos

Com poucos objetivos pelo que me resta 

Buscarei apenas um canto por mim

Trabalharei pelo futuro de meu filho

Pois afinal de contas, sou apenas um simples, 

Mas verdadeiro Homem, verdadeiro pai

No resto, me alegrarei com pouco

Me resguardarei muito mais 

Viverei por poucas e seletas pessoas

Sentirei o que realmente deve ser sentido

Verei o que DEUS resguardou para mim 

E será assim que tentarei me intrigar do pecado

Porque  quero morrer com apenas um sentimento 

DEUS, meu DEUS! Será que eu vali a pena?

Albino Oliveira

Não quero mais

Queria ver o tempo passar

Meus dezoito anos então

Que tempo é esse?

Que não passa nunca 

Queria ser homem 

Para meu mundo ganhar

Queria ser adulto, 

Para tudo ter 

Que impaciência, que eu tinha

Afobado, e até irritado 

Querendo saber de tudo

O por que que o tempo não passa

E agora, não quero mais

Não quero que o tempo passe

Não, não quero mesmo

Que o tempo passe

Demorou muito

Mas agora que chegou

Não quero ver o tempo

Passar pelo tempo

Albino Oliveira Filho

O silêncio ensurdecedor

Minha vida tem sido pautada 

Em uma relevante solidão 

Mesmo que cercado por amigos

Me sinto só em inúmeros momentos 

Nessa solidão que vivo

A espiritualidade aflora 

O entendimento se perde

E um silêncio me contagia

O silêncio parece gritar 

Brada tão alto, que não escutamos 

Mesmo entendendo que é ensurdecedor 

Entendo a profundidade do silêncio de DEUS

Notadamente, vejo o silêncio como divino

Clamo para ouvir, para sentir ou para ver 

Me humilho por um aconchego do PAI

E entro no mais profundo dos poços, mas não O escuto

Quando me deparo com esse silêncio 

Busco ler, escrever e quando me vejo, estou a rezar

Oro por um sinal, chego a uma angústia tão grande

Que sinto um aperto profundo que dói, dói muito 

Não acho respostas, apenas enxergo meu deserto

Vejo minhas provações que me atormentam 

Que dilaceram minha alma e meu espírito 

Sentindo uma espécie de esquartejamento 

É…., suspiro por sentir o silêncio de DEUS

Em muitos momentos só me sobrou o abandono 

Seguido pela tristeza de não receber aquele abraço

Ou um divino acalento que só os Santos sentiam

Caminho “só”, não vejo horizonte algum

Só sigo, porque estou na estrada

E sem saber para onde vou

O medo toma conta do meu ser

DEUS sempre nos pediu para não ter medo

Mas, minha natureza vil e humana só sente 

Não consigo deixar de sentir esse medo

Pois só escuto o silêncio ensurdecedor de DEUS!

Albino Oliveira

Sem título, mas um entendimento!

Os tempos, cada dia mais desafiantes

Às vezes nos desanimam de verdade

E quando entramos em nossos desertos 

Fazemos muita força para nos levantar 

O dia raia e da cama, não queremos sair

Nosso quarto deixa de ser o local de descanso 

Para ser uma espécie de quarto de guerra 

Onde nos debruçamos sobre nossos pensamentos 

De catarses e catarses vivemos dia após dia

Travamos nossas batalhas em completo escuro

Portanto, até nossa sombra nos abandona 

E temos apenas uma companhia, a solidão 

Nossa vida passa por nossa mente tão rápido 

Que nossas máscaras, mesmo que pequenas

Se pulverizam como se poeira fossem 

Despindo nossos mais recôncavos segredos 

E de repente, as revelações que se apresentam 

Nos presenteiam com singelos starts, mas importantes 

Que acendem luzes que clareiam entendimentos 

Desvendam segredos e afugentam inimigos 

E em alguns instantes, como um flash 

Clarões nos norteiam para um horizonte 

Que nem centelha conseguimos avistar

Nos fazendo a entender que caminhamos na fé 

Nossos monstros ficam no passado

Nossas cicatrizes são sinais de luta 

As dores, agora, são amigas que nos limitam

E dentro de nossos desertos, repousamos em oásis 

O consolo aflige a aflição 

Que transtorna o medo

Humilha o desespero 

Para despertar força

Nos sentimos forçados a seguir 

Mesmo com movimentos involuntários

Nosso deslocamento é um impulso 

Que nos arremessa para cima 

Tudo, porque de cima, DEUS nos vê 

Mos enxerga como pérolas raras 

Que enobrecem o maior tesouro de todos

Nossas almas humildes e cheias de luz

Ávidas de NOSSO DIVINO SANTO, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

Albino Oliveira 

Um dia todos colherão

Sinto pena de todos que vivem sob uma égide da soberba de uma alienação pessoal 

Que não entendem o que os nossos antepassados fizeram para que nós tenhamos tantos direitos e liberdades 

Um dia verão que não existe um mísero segundo que não fique no passado em um simples, mas complexo, piscar de olhos!

Deem valor aos esforços dos outros, pois não sabem o quão foi doloroso e cruento o passado que eles ainda carregam.

Honrem seus pais e seus avós, porque assim, honrará a si mesmo sendo exemplo para seus filhos. 

Tudo é apenas um ciclo de vida, a lei da semeadura!

Albino Oliveira 

Tudo se perdeu!

Em todos os meus textos e poesias 

Tento descrever o ser humano 

Busco a compreensão dos eus

E a vida que devemos levar

Hoje, buscando DEUS como nunca fiz

Vejo o mundo cada dia mais tosco

Onde às pessoas não honram JESUS

Nem dão importância aos valores ensinados 

Vivem ao contrário do que CRISTO nos deixou

Onde a moral se perdeu na imoralidade 

A ética se entregou para o desrespeito 

A honestidade foi destruída pela corrupção 

O amor se esfriou por conta da maldade 

A verdade deixou de ser verdade faz tempo…

Porque durante todo esse tempo 

O errado passou a ser “certo”

Assim, o respeito se existe, pouco vejo

E perdeu o lugar para o “tanto faz”

O “não me importa”, vale mais 

E o nada conseguiu lugar sem ter nada para oferecer

Que futuro teremos daqui pra frente?

Se não temos mais rumo e nem muito menos um norte 

Onde a escuridão faz questão de sufocar à luz 

Que JESUS nos ensinou para iluminarmos o mundo,

Perguntem-se: O que fizemos por CRISTO?

O que renunciamos por CRISTO?

O que pretendemos perder por CRISTO?

A minha vida pertence a CRISTO?

Como poderemos ser salvos?

Se o meu sofrimento não me faz merecedor!

Muitos foram martirizados, esquartejados…

Outros foram queimados e empalados 

Outros tantos jogados às feras felinas  

Dizem até que jogavam cristãos em caldeirões 

E nós? Toscos medíocres e tontos descabidos

Não aguentamos nem perder nossos cachorros

Só que pensando assim, perderemos a vida no céu !

Albino Oliveira

Mulher!

Mulher                                                                     

Amo muitas coisas da vida

Mas, trago um amor descomunal

A criatura mais perfeita

Mais delicada e preciosa que já existiu

De tal criatura, nascemos

Por ela somos criados

Dela, tiramos exemplos de força

De resiliência e suporte para sentirmos a tal da dor

É dela que passamos a ter nosso objetivo maior

O nosso sentido divino e soberano

Uma ordem de nosso CRIADOR nosso SENHOR

Só para estarmos verdadeiramente vivos

É nela que formamos tudo que somos

É pela mulher e para mulher que vivemos

Que podemos criar nossa dádiva maior

O verdadeiro sentido de nossa existência, A FAMÍLIA!

Albino Oliveira Filho

Que noite!

Que noite sem estrelas, essa!

Tudo muito escuro 

Só enchergo o pensamento 

Onde solidão nos esfria o corpo

Entristecendo a alma 

Tentando nos transformar 

Nos enfraquecer diante de tudo.

Que noite sem estrelas, essa! 

Queria que elas aparecessem 

Para iluminar, nao só o chão 

Mas o pensar e a esperança 

Para poder a acabar com a escuridão 

E um norte raiar, no horizonte que não vejo!

Albino Oliveira Filho