Em uma relevante solidão
Mesmo que cercado por amigos
Me sinto só em inúmeros momentos
Nessa solidão que vivo
A espiritualidade aflora
O entendimento se perde
E um silêncio me contagia
O silêncio parece gritar
Brada tão alto, que não escutamos
Mesmo entendendo que é ensurdecedor
Entendo a profundidade do silêncio de DEUS
Notadamente, vejo o silêncio como divino
Clamo para ouvir, para sentir ou para ver
Me humilho por um aconchego do PAI
E entro no mais profundo dos poços, mas não O escuto
Quando me deparo com esse silêncio
Busco ler, escrever e quando me vejo, estou a rezar
Oro por um sinal, chego a uma angústia tão grande
Que sinto um aperto profundo que dói, dói muito
Não acho respostas, apenas enxergo meu deserto
Vejo minhas provações que me atormentam
Que dilaceram minha alma e meu espírito
Sentindo uma espécie de esquartejamento
É…., suspiro por sentir o silêncio de DEUS
Em muitos momentos só me sobrou o abandono
Seguido pela tristeza de não receber aquele abraço
Ou um divino acalento que só os Santos sentiam
Caminho “só”, não vejo horizonte algum
Só sigo, porque estou na estrada
E sem saber para onde vou
O medo toma conta do meu ser
DEUS sempre nos pediu para não ter medo
Mas, minha natureza vil e humana só sente
Não consigo deixar de sentir esse medo
Pois só escuto o silêncio ensurdecedor de DEUS!
Albino Oliveira
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