segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Escrever

Quem me dera ter tal dom
Escrever, uma dádiva divina
Que sempre será dada a poucos
Que fará desses poucos insanos
Gênios que transcendem as quimeras
Que de tanta singeleza torna divino o que escreve

Queria muito ter tal dom
Me transformaria em louco
Que louvaria um SANTO DEUS
Para que todos louvassem
E acreditassem no único e derradeiro motivo para viver

Queria ter esse dom sim
Para que eu pudesse descrever
Com toda e simples sensibilidade
As dores e as tristezas
A alegrias e a felicidade
Só para que todos entendessem
Que o AMOR maior é uma verdade que existe
Que sempre existirá
Para que DEUS seja para sempre, louvado!

Albino Oliveira Filho

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Buscamos de tudo
Procuramos um mundo
Vivemos uma vida
Sonhamos um sentimento

Nisso tudo, uma descrença
Não existe mais quimeras
Que aqueçam nossas crenças
Ou nossos corações aperriados

Nessa saga que trilhamos
Nesse reino que seguimos
Jamais será o que precisamos
Em tempo algum, jamais entenderemos

Deixar de ser protótipo de seres humanos
Uma quimera que não consigo sonhar
A fé que DEUS tem em nós
Não consigo entender e nem acreditar

No dia-a-dia nesse safari terreno
Temos feras medonhas em nosso caminhar
Trajeto que nos transforma por inteiro
Ou simplesmente, nos molda a gosto e fel

Sentimentos humanos é o que temos
Mas, em um egocentrismo desumano
Que nos lapida em labutas desmedidas
Por um único e derradeiro fim. Sobreviver!

Viver como, para que...?
Se nem podemos sentir
Mal sobrevivemos
Parece até, que não adianta seguir...!

Albino Oliveira Filho

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Meu sertão!

Meu sertão, meu sertão, agora de outrora
Padece sempre com tão covarde calor
Ferve até as moleiras do teu nobre morador
Que de tanto ver a seca matar sem piedade
Que de tanto ver o sertão sofrer sentindo dor
Hoje, chora ao ver o céu chorar de novo
Ao ver a chuva forte cair, cair, cair...
Parece até que embala seus sonhos mais perdidos

Posso até dizer sem medo
Chove chuva, chove sem parar...
Alaga tudo, alaga chuva, alaga mesmo
Sem matar é claro mas, que chova sem parar

Só agora eu vejo tudo de bom que podes me dar
Alegre os corações febris de tanto calor
Aquele calor que está trancado lá dentro do peito
Que salta sim, que até braveja de tanto bater
Posso até escutar teu pulsar de tanta esperança

Chuuuuuuuvaaaa..., chuuuuuuuuuuuuuuvaaaa...!
Que chuva boa, que chuva louca
Não escuto os sabiás, nem mesmo os assuns pretos
Não escuto os Bem-te-vis nos singelos manguesais
Que cantam seu amor até pela seca do nosso sertão
E se não os escuto agora, é por que melodias novas eu vou ouvir
Mais tarde, seu cantar é diferente é mais alto e vibrante que tudo....,
E nesse momento me faltam palavras
Para descrever esse tão simples cantar

Digo agora em alto e bom tom:
-...Chove chuva, chove sem parar...

O sertão precisa dessa água, não só para beber
Não só para plantar ou banhar
O sertão precisa dessa chuva de meu DEUS
Para ver o seu sertanejo chorar de felicidade
Chorar porque vai ver o peixe e a carne seca
Porque vai ver o verde e o trabalho que tens a oferecer
Porque vai ver, que de esmola, ele não precisa

Caia chuva, caia sem parar, afasta de mim essas bolsas
Essas bolsas de esmola, que mais parecem um cálice
Cálice de fel, de dor e  de medo, ao ver secar os potes desse maldito governar
Caia chuva, caia mesmo, caia sem parar
Ou melhor, caia até os açudes sangragrem!

Albino Oliveira Filho

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O que queres?

Sempre que transpomos a razão
Sobrepomos o nosso próprio eu
Parece sobrenatural tais conceitos
Que torpes devem estar

No decorrer de nossa vida
É de uma saga que participamos
Somos protagonistas de nossa história
Fazemos até estórias para termos razão

E é congitando sobre isso
Que sempre busco a razão
Em meio às panteras da vida
Que nos assombram em grande porção

Debato, grito e até brigo
Para que não relativemos
A única e derradeira Verdade
A Verdade que ninguém mais quer ver!

Somos todos iguais sim
Somos todos cientes disso
Parecemos até rebanho de corte
Relativando tudo em nossa volta
Só para que um dia possamos ser felizes

Poder se dar ao luxo de ter conceitos de tudo
É estar sempre a mercê do bem e do mal
Que se debate vultuosamente o tempo todo
Até mesmo no tempo que não temos

Ter tantos conceitos de vida
Pode lhe postar diante do mundo
Até da felicidade que buscamos tanto
E é nesse contexto que deixo a seguinte indagação: Você quer ser feliz ou quer ter razão?

Albino Oliveira Filho

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O mundo seria!

Tento falar em prosa e verso
Tento descrever meus sentimentos
Tento entender à vida
Mas não acredito
Que nem o mais sensível
O maior dos poetas
Poderia descrever
O que realmente acontece
Nesta terra de ninguém

DEUS, não sabe o que fez
Nos mostra coisas belas
Faz entender que tudo no mundo
Veio de graça, nada deveria ser cobrado
Seja por amizade, por valor ou até pelo amor

Amor que é descrito, como bem maior
Como a coisa mais preciosa que ELE deixou
Mas no mundo, o mundo não tem vez não
O mar, não é regido por ninguém
As selvas também, só DEUS pode
O céu imenso e infinito
O ar passivo e feroz
Nos conduz pelo pulmão

Mas DEUS, é que rege tudo
ELE é o SENHOR
O DONO de tudo
CRIADOR E CUIDADOR
PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO

DEUS fez o homem
SUA imagem e semelhança
Para poder fazer do paraíso
Fonte de luz e de amor
De onde jamais se conheceria
Outra coisa que não fosse à FELICIDADE

Felicidade divina, esplêndida e incontestável
A iniquidade? Nem saberíamos seu significado.
Impolutos seríamos diante te tamanho amor
Respiraríamos o ar da alegria
Dançaríamos como anjos
Falaríamos como música
Cantando aos quatro cantos
O DEUS nosso PAI
O honrando e O amando
Pela vida eterna!

Albino Oliveira Filho

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Um curta

Como ando diferente de todos
Vejo na noite um tormento
E no dia um aconchego

Devo estar andando torto
Vejo todos seguindo
E eu aqui ainda sentado

Ando no mesmo rumo sempre
Mas, um norte não vejo
Minha bússola ébria está

Andando ou não
A esperança me sustenta
E DEUS é que me alimenta

Albino Oliveira Filho

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mundo

Que mundo louco esse
De tantos contos que vivi
Parece que os desencantos
Se normatizam dia a dia
Tornando tantos valores
Em tortos conceitos
Que querem por fina força
Verdade se tornarem
Viver nessa terra desolada
É trilhar em tenebrosos caminhos
Que nos levam aos mais escuro dos mundos
Mundo das trevas, da dor e do tormento

Albino Oliveira Filho

Pecado

Nos tempos dos tempos
Temos menos tempo
Se é que temos algum?
Nesse tempo que vivemos
O tempo é a riqueza do mundo
E a verdade que não temos

No mundo de tantos mandos
Vejo o pecado sorrindo pra todos
A verdade, sempre vem da consciência
Nessa corrente que seguimos
O tempo não é mais o problema
O pecado agora se potencializou
E como a bíblia diz, pecado é pecado
Não existe pequeno ou grande
Simplesmente, é pecado!

Albino Oliveira Filho

Que dor!

Há tanta dor no peito
Que adormece tudo
Meu eu já não responde
Minha vida tá meio sem graça
Minha existência, sei lá

Mesmo que não haja nada
Meu eu orbita sem um rumo
Minha vida não pertece a mim
Minha existência, sei lá
Sei lá se alguém entende

Não há dor sem temor
Não há temor sem sofrer
Não há sofrer sem amor
Por isso mesmo, que me importo
Pois, querer saber, é ter cuidado

Não sei mesmo meu norte
Sigo minha estrada sentindo
Que meu eu não existe
Que minha vida é efêmera
E o meu amor, dói pra matar

Albino Oliveira Filho