Vivemos no século dos séculos
Temos tudo em termos científicos
Temos mais ainda em tecnologia
Se falarmos em faixa etária, muito mais
Mas, como sempre falta alguma coisa
Ainda vejo a população estasiada
Vivendo no Edem do consumismo
Alienados diante de um celular
Ainda não descobriram o que falta
Não existe sensibilidade alguma
A ética e a moral se perderam no tempo
Até a honestidade foi perdida no espaço
Muitos caem a nossa direita
Outros tantos caem a nossa esquerda
E nós com nossa insanidade
Caímos sem perceber a queda
Não foi a morte que se banalizou
Não foi os conceitos que se perderam
Não foi a verdade natural que se acabou
E sim, a maldade humana que perdeu todos os limites
Contudo, mesmo se deparando com o mal
Mesmo vivendo o nefasto desejo
Sabe-se o que é certo e o que é errado
A verdade sempre vai antagoizar a mentira
Parece que o bem e o mal se misturam
No frenético cotidiano de nossa decadente sociedade
Que agoniza sem cogitar os rumos que se segue
Sem dar margem a nenhum tipo de conceito
As crianças perecem para o sistema
A erotização furta a inocência
Confundindo o limiar da verdade natural
Que jamais vai ser compreendida
Não se sabe mais para onde é o norte
Ser multiplicador do mau virou, status
A vítima é culpada de tudo que sofre
E o mau feitor é a insana vítima de sua própria existência
Não escrevo por achismos
Não carrego conceitos
Não relativiso nada
Só apresento fatos e dados
Para que possamos reaprender tudo
Até mesmo o conceito de dignidade
Albino Oliveira Filho
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