sábado, 8 de abril de 2017

Saudades de outrora!

Saudade..., o que não se vê, não podemos sentir, será que tal afirmação é verdade?

Tenho muita saudades do meu tempo de menino levado, onde não sabia ter hora; não sabia tomar banho e nem responsabilidade !?

Tenho saudade de meus pais, principalmente de minha mãe,  que conseguia fazer de minha vida um verdadeiro colapso de entendimento,  pois entender as coisas do jeito dela, tinha era zé!

Mas saudade mesmo é, de minha inocência,  Inocência querida, amiga e companheira de tudo que sou hoje, foi ela que me fez o homem que sou, e o que vou ser... Há...., como tive uma grande inocência! Como eu era feliz! Ela alimentava tudo o que eu era, sonhos e fantasias; e com ela nada era ruím! Há...! Como era boa minha inocência!

Mas quando ela vai embora,  xiiiiii!!!!! Estamos com grandes problemas, problemas tão grandes que nos transformam em criaturas grotescas e iniquas! Fazendo com que tudo que somos,  conhecemos e almejamos tome um ar de adulto que somos, ora....., somos adultos então! Já dizia São Paulo em uma de suas cartas, que agora pensemos como adultos, pois não somos mais crianças! Mas daí,  perder minha inocência, eu não aguento nem quero!

Mas não tem jeito, se perde a inocência e com ela a felicidade que tanto procuramos! E a partir daí começamos a dizer que procuramos a felicidade! Mas nós já não tínhamos? Mas quem raciocina desta forma? Como não sabemos o que queremos.......!!!!!!

Albino Oliveira Filho

Um comentário:

  1. Também sinto saudades da minha mãezinha e da minha infância, mesmo ela trabalhando muito, ia me prestigiar nos eventos do colégio e no futebol. As vezes eu ficava até com raiva por sua presença, pela minha timidez excessiva e um orgulho infantil. Lembro que ela tinha muito orgulho de mim: "esse é meu filho, meu filho é o único filho homem da família!". O interessante é que naquela época, eu achava ser imortal, e que ela seria eterna... Mas ela partiu.. E isso me deixou sem saber aonde me sustentar, a falta de chão é tão difícil, o que foi que me sustentou? O mundo é muito maior que o mundinho que eu vivia... Ah.. como eu era muito verde, tão imaturo e sonhador. Vivia no mundo da lua. Sonhava, sonhava e sonhava, mas não vivia. Como ela sempre dizia: "Alexandre, tudo tem seu tempo". Me conforta saber, que dias antes do falecimento, minha mãe disse ter sonhado com Nossa Senhora, em meio a inúmeras pessoas zombando da minha mãe, com uma veste branca e seu calor materno, Maria cobriu a sua nudez e a levou para o céu, da mesma maneira que veio ao mundo. Também me agrada lembrar, na mesa de operação, o médico levou uma imagem de Nossa Senhora para a sala da operação e conversando com o anestesista, descobriu que conhecia a mulher dele. Minha mãe era muito extrovertida e alto astral. Tirava piada com todo mundo e era muito mandona e zangada. Lembro de suas últimas palavras, a caminho da sala de cirurgia: "alexandre, não corte o seu cabelo no zero, você fica muito feio e com a cara chupada!!!" Isso é coisa de se dizer para o filho como últimas palavras?! Ela não sabia que seriam, ou se sabia, não quis me preocupar. Certos momentos me pego pensando: Por mais que eu consiga realizar algo como me formar e que era o sonho dela, será que ela estaria orgulhosa do que me tornei? Valeu a pena todo o sacrifício dela para me criar? Só me resta correr.. Correr e correr... Se possível com um sorriso no rosto, sem procurar ser compreendido, sem precisar se explicar, apenas correr, descobrir e construir o que eu posso me tornar.. Pois o tempo passa depressa.. Busco respostas para coisas maiores do que eu. Como você disse, não é preciso ser perfeito, basta ser útil. Correndo e fazendo minha parte, mesmo que pequena, de uma história de mudança. Que eu possa ser lembrado como alguém que foi útil, que perfeitamente imperfeito fez boas obras, que tive boas intenções, que errei tentando acertar, que saí da zona de conforto, que lutei por dias melhores.. Agora eu entendi, eu sei.. o que eu mais gostaria, nessa vida não terei, a aprovação da minha mãe, pelo homem que me tornarei. Uma lição aprendida com ela, mesmo que tempos depois, é que apesar das dificuldades da vida, nascemos chorando, mas só depende de nós permanecermos tristes, pois com palavras, ações e sorrisos, podemos tocar o coração do outro e mudar suas vidas completamente! Quem sabe eu não precise ser nada, quem sabe eu tenha apenas que servir.. Quem sabe eu não precise alimentar meu orgulho e minha vaidade.. Quem sabe eu precise ser apenas, mamãe.

    Alex

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