Impotência

Impotência, que sensação
Não podemos nada mesmo
Hoje, nem almejo certas coisas
Não perdi guerra alguma
É que a batalha é dura mesmo
E, se manter sóbrio e pacivo
Uma difícil arte que devemos nutrir
Tal arte, não domino nem quero
Sou ação, depois eu penso
Sou luta, depois esmoreço
Sou guerreiro, depois enfraqueço
Que arte difícil de dominar
Nem Sun Tsun, conseguiu
Mesmo escrevendo Arte da Guerra
Maquiavel até tentou, mas êxito não teve
Que difícil arte essa que nem nome sei dar
Que não consigo desbravar os segredos
Que nela estão, que nela morreram

É...,  mas a impotência
Aterroriza muito
Atormenta tudo
Entontece nós todos
Que sensação ruim
Que triste sentir tal coisa
Que míngua até à força
Que nos segura fortes
Que nos enobrece o ser
Que nos dá a fé que precisamos
Para se resignar nesta tão triste coisa
A triste e nefasta coisa que medonha, é!

Albino Oliveira Filho