segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Eu, O lula!

Sou um homem bom
Sem dúvidas nenhuma
Sai do sertão seco
Cai na estrada velha
E, isso de caminhão
Quase nunca parávamos
Até uma menina DEUS buscou
Todos cansados e exaustos
Chegamos em nosso destino
Tudo isso levou muito tempo
E, os treze dias, pareciam uma eternidade
Parecia que fim não tinha nunca

Ao chegar na terra prometida
Eu e minha família, não vimos nada
Só o que queríamos ver, a fé e à esperança
Que tudo podia mudar e melhorar

Lutamos muito, até para estudar
Nosso pai não queria nunca
Filho dele, tinha mesmo era que trabalhar
Acho que por isso, não quero que ninguém trabalhe

Em fim, consegui estudar um pouco
Até me formei no SENAC, eu acho
Virei operário qualificado, formado
Eu, era orgulho para meus irmãos
Mas, para minha mãe, eu era doutor
Pois, até paletó eu usei.....!

Depois que comecei à trabalhar
Virei um louco sindicalista
E, louco, pois era regime militar
Vagabundo para o exército
Era sinônimo de DOPS
Era sinônimo de bandido
E comunista safado

Às vezes tenho dúvidas do que eu era
Não queria trabalhar, cortei até um dedo
E, isso, só para me aposentar
Aí, dizem que não sou forte
Sou sim, esse dedo além de me aposentar
Doeu mais que eu podia imaginar
Mas, o resultado foi bom demais
Tinha, em fim, minha primeira mamata no governo

É...,  eu era forte mesmo
Fui até no DOPS ver meu irmão
Que preso tinha sido
E o torturar, os militares queriam
Que coisa, não podíamos nada
E nem querer viver do trabalho alheio
Meu lindo irmão podia

Depois de presidente do sindicato
E com a anistia que chagara
Decidir criar o partido dos trabalhadores
Para que todos acreditassem na salvação
Para que todos vissem em mim e no PT
À salvação da lavoura, ou da pátria naquele instante

Fiz varia incursões para presidente
Mas, analfabeto eu era
E todos sem exceção
Me tripudiavam sem cessar
E foi aí que entendi
Que letrado eles me queriam
Então aparei a barba
Cortei meus cabelos
Vestir o paletó e fui
Fazer o que eu mais sabia
O meu ofício de mentir

Então, me tornei presidente
Dessa triste e pobre nação
Que tinha uma ingênua fé
Que possuía aversão à política
Por tanto, dominar seria fácil
Bastava encher o buxo de todos
Para que todos acreditassem

Depois que cheguei a Brasília
Fiquei mais forte do que nunca
Fiz valer minha grande vontade
Minha única e verdadeira vocação
Mas, para que tudo desse certo
O bolsa família eu aumentei
E pra quase quarenta milhões eu dava
Eleição então, jamais perderia

Agora, com tudo montado
Com tudo dominado no Brasil
Coloquei a companheirada pra trabalhar
Ou melhor, para se apropriar de tudo
Das instituições e do poder que eu tinha
E, então, tínhamos uma grande meta
Que logo seria dobrada, ou até mesmo multiplicada
Se apropriar da estatais do nosso país
A petrobras, bndes e todos que quiséssemos

Criei então o mensalão
Ou melhor, aprimorei
Pois, todos já faziam
E, aí que eu dominei
Todos agora, éramos um só
O pt, o pmdb, o psdb, todos mesmo
Éramos como unha e carne
E sem conhecer Maquiavel
Fiz de uma velha tática dele
Corromper todos que lá haviam
Para que jamais eu fosse apontado
Pois, todos que ali estavam
Comiam no mesmo prato
E comiam da mesma comida

É...,  eu era safo e um grande salafrário
Ninguém podia mais me apontar
Tudo que eu fizesse era "bom"
Tudo.que eu quisesse era feito

Então, meu filho transformei
O poli e o enriqueci demais da conta
E milionário ele se tornou
Deixou as botas dos elefantes
Para ter o maior produtor de gado
Para ter o maior latifúndio que já vi

E, nesse caso, em particular
Alimentei o mst e o stédile
Para buscar e tomar tudo
E com o dinheiro do povo
Fizemos de todas às terras que queríamos
O maior e o mais poderoso latifúndio que esse país já viu

Depois de tudo isso
Coloquei um poste apagado
Coloquei uma guerrilheira sangrenta
Assaltante de banco e sequestradora
Para assumir meu lugar
Pois, só com ela, eu poderia dominar
É que os companheiros já dominavam tudo
E medo eu tinha de perder essas minhas mamatas

E..., então...., hoje,  mesmo afastado da presidência
Eu luto muito para mandar em tudo e em todos
Meus companheiros foram presos
E o pior de tudo, é que estão devolvendo tudo
Devolvendo meu rico dinheirinho
Que trabalhei tanto para conseguir

Não sei mesmo o que fazer
Agora querem que eu deponha
Querem que eu fale tudo
Querem até que eu seja preso
E, mesmo sendo corintiano
Não quero vestir aquela roupa listrada
Aquela listrada de preto e branco
Mas, quando isso acontecer
Vou mandar meus amigos lá da França
Desenharem um novo e moderno uniforme
Para que eu possa tirar onda de Dom Corleone
Lá na cadeia que eu for mandado!

Eu, O Lula

Albino Oliveira Filho​

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