Me deparando, sempre, diante do desconhecido
Vivendo intensamente em meu intimo
Vivendo cego e surdo para o mundo
Vivendo a interpretar tudo que vejo
Vivendo a falar tudo que quero
Vivendo a chorar os prantos que posso
Sem falar que vivo a sentir o que eu, simplesmente, sinto
A solidão não é apenas um desejo
É uma insólita e triste realidade
Que em momento algum me vejo sem sua companhia
A trago nos ciclos de minha existência
E mesmo que vil seja, sinto-a como uma eterna companheira
Mesmo que cercado por tantos que convivo
Em minhas leituras e em minha vida
Já vi de tudo um pouco, nada mais me surpreende
Vou do inferno ao céu em pequenas frações de tempo
Orbito em todos os planos de minha mente
Alegrias e tristezas me alucinam de verdade
Não sei viver em meios termos
Mesmo que eu saiba de minha pequenez
Não sei de onde eu vim
Muito menos para onde eu vou
Nem como vou chegar
Ou se sou o louco de hospício
Mas, sei que para mim, o começo é o fim
Albino oliveira Filho
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