Poucos entendem tal conceito
Acham que é ficar só como indivíduo
Como um ser desmembrado da sociedade
Eu entendo a solidão de forma mais profunda
Pois estou sempre rodeado de pessoas
Nunca me faltou ciclos sociais para eu compor
Só que, mesmo entre todos, estou só!
Não é esquisito e diferente sentir isso?
Acho que não, muitos sentem o mesmo
Só que poucos entendem que só estão
Só no sentir, no entender e no viver
Nesse mundo em que vivemos
Sentir-se só talvez seja um privilégio
Antes só do que mal acompanhado
Sentir-se diferente faz toda a diferença
Tenho a solidão como fiel escudeira
Ela sempre foi uma conselheira fiel
E mesmo que em muitos momentos eu sinta dor
É na solidão que eu choro, rio e até sonho
E com tantos sentimentos que julgo ter
É só que sempre viverei, pois nasci só
E sei que quando eu partir, partirei só
Mesmo que alguém sofra por mim, irei sozinho
E nesse entendimento de solidão
Que quebro meu eu e paradigmas para refazer-me
Lembrar-me-ei que devo seguir sempre
Na solidão crescemos, faz parte do processo
E ainda vejo um lado que pouquíssimas pessoas veem
Escuto o badalo do relógio de parede da minha vó
Olho para a lua como se ela fosse a própria solidão
Mas entendo o badalo do relógio como um pulsar
E na lua solitária vejo a luz do Astro Rei
E para não mais me alongar
Não vivo só na solidão
Além dela, a solidão
Sinto DEUS no meu pobre coração!
Albino Oliveira
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