quarta-feira, 21 de junho de 2023

Zero hora

Zero hora e sem nenhum sono
Só um som escuto, o do silêncio 
E inebriado com tantos pensamentos 
Desapegado de tantas verdades que eu tinha
Passo a entender que a solidão é necessária 
Pois sem ela, a alma perde a luz 

Zero hora e cinco minutos
Cogito sobre tudo e ao mesmo tempo sobre o nada
Nada que entendo me faz ver uma luz
Sentir então, nem pensar
Pesa-me meu fardo, não é suave
Meu julgo com meu próprio eu é mais pesado ainda

Zero hora e dez minutos 
Viajo sobre outros mundos
Vi outros eus que não se libertam entre si
Enlaçados vivem sem rumo e sem norte
Em busca de um horizonte nebuloso
Traz para perto de mim o desalento 

Zero hora e quinze minutos 
O desencanto pelos seres humanos
Que é desaprovado pela minha crença
Quer me arrancar do peito a  fé 
Me amedrontar com a escuridão 
A falta de feixes de luz, até uma centelha 

Zero hora e vinte minutos 
Agora escuto o bater de meu coração
Mostrando a força sanguínea que existe em mim
O profundo alicerce que me mantei a lutar 
É nesse frenesi que corre o sangue
De um ser que foi criado para servir a DEUS
Nosso único e derradeiro SALVADOR!

Albino Oliveira 




Nenhum comentário:

Postar um comentário