Meu seco sertão
Meu triste sertanejo
Que de ver tanta sequidão
Molha sua simplória face
De lágrimas límpidas
Límpidas de paz e de alegria
De esperança e de fartura
É meu triste sertejo, desse meu grande sertão
Pode secar sua face, pode enxugar suas lágrimas
Pois a chuva já chegou, ela já molha
A seca terra, a seca caatinga
Que deixam de ser secas
A cada gota, a cada chuva a cada choro
A cada choro sim, mas, agora, o choro de alegria!
Então caia chuva, cai mais
Venha de ruma, venha muito
Para molhar o sertão
Para molhar o sertanejo
Para molhar o assum preto
Para que ele possa cantar mais alto
Para que ele cante sim, mas não de dor
Que ele cante a alegria de ver a chuva
Molhar as secas terras do meu sertão!
Albino Oliveira Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário