terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O homem

Existia um tempo em minha vida
Que existia uma vida verdadeira 
Acreditava em tudo e em todos
Eu era feliz como um livre pássaro
Onde não existia amarras de conceitos humanos 
E eu, apenas vivia de segundo a segundo 
É…, não sabia nada, eu apenas vivia 
Apenas vivia…!

Hoje já me deparo com alguns janeiros 
Que transformaram verdadeiramente tudo
Os próximos anos serão vistos de outro prisma 
E que nada e nem ninguém aqui na terra poderá mudar isso
E se eu começar pelo conceito de tempo
Entenderei que nem mesmo sei se terei tempo
Não sei nem se existirá vida além do tempo

Meu hoje me deixa perplexo 
Parece que vivo em um parapeito 
Esperando algo ou alguém aparecer 
Não me alegro com o sol e nem com à lua
Não entendo mais nada sobre virtudes 
Pois se instaurou um arcabouço de mentiras
Que tornaram o errado em verdade absoluta 
Em prol da falácia do conceito felicidade, agora mundana! 

Assim me entrego a pensamentos minuciosos 
Sobre os conceitos do bem e do mal
Sem trazer a dialética para a realidade atual
Pois a realidade natural se perdeu no tempo
Que dilacerou o entendimento do certo e errado
Que forjarão paulatinamente os jovens na mentira 
Mentira que reformula a sociedade sem virtude alguma 

O amanhã se tornou incerto mais do que o de costume 
Não consigo traçar nada nos alicerces da verdade natural 
Simplesmente porque ela está deixando de existir 
E a largos passos o mal se alastra exponencialmente 
Sem pudor e sem medo algum, porquê só possui uma barreira: 
O homem sedento e alimentado pelos instintos e sua alma espúria e sem virtudes
O homem se transformou, infelizmente, no lobo do homem!
Desenvolveu o lobo que quis, o lobo do lado negro da vida!

Albino Oliveira 


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